A
Internet tem feito jus à sua função e provado ser um mecanismo cada vez mais dinâmico,
que se adapta de acordo com as necessidades de seus usuários. Os diversos
suportes disponibilizados, como Whatsapp, Twitter, Facebook e Instagram têm
permitido, não apenas a simples comunicação, mas também a realização de algo de
dimensões muito maiores: a organização e planejamento de manifestações
políticas.
Em
2011, o mundo vivenciou uma série de protestos em diversos países do Oriente
Médio e do norte da África. Sob um governo ditatorial e desgostosos com a crise
econômica, a falta de emprego e a corrupção do país, as pessoas decidiram
exigir mudanças. A forma que encontraram para mobilizar todo o país foi
recorrer às redes sociais. Por meio delas, todos começaram a participar,
comentar e planejar os protestos. Após ter consciência do papel da Internet
nessas manifestações, o governo cortou o acesso da mesma, mas já era tarde uma
vez que os comentários já haviam sido disseminados e chamando a atenção de
outras pessoas de países, também ditatoriais.
Em
2013, a presença da Internet teve influência similar no Brasil. Em um país com
dimensões continentais, as dificuldades de comunicação são múltiplas,
necessitando das redes sociais como “ponte” que intermediaria as discussões
entre as regiões brasileiras. A onda de protestos foi simultânea em diversos
estados e as pessoas gritavam por todo o país “hashtags” das mídias, como “O
gigante acordou”; “Não é só por 20 centavos”; “Verás que um filho teu não foge
à luta”; entre outras. As exigências da população não depuseram a presidenta,
mas a obrigou a mudar sua conduta e ajudou a intensificar as investigações de
corrupção.
As
manifestações ajudaram a perceber a outra “face” da Internet, uma face mais
séria e abrangente. As redes permitiram transformar governos e a vida de
pessoas, como também unir diversas nações em prol do bem comum. Com sua
característica aberta, ou seja, independente de governo, a Internet revela que
quem manda é o povo e que a liberdade e os direitos devem ser preservados.
Por: Fabiane Balbino, Fernanda Melo e Maria Alice Juliani