quarta-feira, 14 de setembro de 2016

A relação entre a responsabilidade social e o resíduo urbano no Brasil

O extenso território brasileiro lhe confere, naturalmente, diversas dificuldades administrativas, dentre elas, o destino dado ao lixo urbano. Em 2014, foi notificado que 41,6% do lixo é depositado em lugares inadequados, na maioria dos casos, à céu aberto, em lixões. Essa situação, porém, poderia ser freada caso houvesse maior participação governamental e popular.

Em 2010, o governo brasileiro instituiu a Política Nacional dos Resíduos Sólidos. Em seu texto, ela apresenta instrumentos eficazes para o manejo adequado desses resíduos, tais como a prática de hábitos sustentáveis e o incentivo à reciclagem e reutilização. Entretanto, houve descumprimento da lei por 60,7% dos municípios brasileiros. Muitos deles alegaram haver falta de verbas e de incentivo, outros que o prazo foi muito curto. De qualquer forma, é evidente que o déficit esteve na execução e fiscalização da lei, ou seja, faltou ao governo federal se certificar de que todos os recursos e auxílios estavam sendo enviados, assim como faltou aos governos municipais interesse na substituição dos lixões por aterros sanitários.

Ao se tratar da população, é notório que ela é a principal responsável pelo descarte inadequado do lixo urbano. O crescimento populacional e o consumo desenfreado, acrescentado à obsolescência programada dos produtos, competem com a reciclagem e com a reutilização dos materiais, que ainda possui números modestos. Enquanto isso, dados revelam que os brasileiros produzem cerca de 76 milhões de toneladas de lixo por ano. Desse modo, antes mesmo de chegar aos lixões, o lixo é despejado nas ruas, atraindo animais transmissores de doenças, poluindo o meio ambiente e entupindo bueiros, o que, em épocas chuvosas, gera grandes inundações.


Com o objetivo de findar a discussão, é preciso validar que deve haver maior participação governamental no tratamento dado ao resíduo sólido, fiscalizando os governos municipais e os amparando quando necessário, além de aumentar a coleta seletiva. Quanto à população, a educação e a conscientização continuam sendo a solução. É preciso incentivar, desde as séries iniciais, o uso de lixeiras coloridas em seus domicílios para a separação do lixo, além de frisar os danos causados pelo descarte inadequado deste. Somente assim, pode-se mudar a realidade do lixo no Brasil.

Por: Fabiane, Florencia, Maria Alice, Nathan, Sonja e Victória Barrel