O
extenso território brasileiro lhe confere, naturalmente, diversas dificuldades
administrativas, dentre elas, o destino dado ao lixo urbano. Em 2014, foi
notificado que 41,6% do lixo é depositado em lugares inadequados, na maioria
dos casos, à céu aberto, em lixões. Essa situação, porém, poderia ser freada
caso houvesse maior participação governamental e popular.
Em
2010, o governo brasileiro instituiu a Política Nacional dos Resíduos Sólidos.
Em seu texto, ela apresenta instrumentos eficazes para o manejo adequado desses
resíduos, tais como a prática de hábitos sustentáveis e o incentivo à
reciclagem e reutilização. Entretanto, houve descumprimento da lei por 60,7% dos
municípios brasileiros. Muitos deles alegaram haver falta de verbas e de
incentivo, outros que o prazo foi muito curto. De qualquer forma, é evidente
que o déficit esteve na execução e fiscalização da lei, ou seja, faltou ao governo
federal se certificar de que todos os recursos e auxílios estavam sendo
enviados, assim como faltou aos governos municipais interesse na substituição
dos lixões por aterros sanitários.
Ao
se tratar da população, é notório que ela é a principal responsável pelo
descarte inadequado do lixo urbano. O crescimento populacional e o consumo
desenfreado, acrescentado à obsolescência programada dos produtos, competem com
a reciclagem e com a reutilização dos materiais, que ainda possui números
modestos. Enquanto isso, dados revelam que os brasileiros produzem cerca de 76
milhões de toneladas de lixo por ano. Desse modo, antes mesmo de chegar aos
lixões, o lixo é despejado nas ruas, atraindo animais transmissores de doenças,
poluindo o meio ambiente e entupindo bueiros, o que, em épocas chuvosas, gera
grandes inundações.
Com
o objetivo de findar a discussão, é preciso validar que deve haver maior
participação governamental no tratamento dado ao resíduo sólido, fiscalizando
os governos municipais e os amparando quando necessário, além de aumentar a
coleta seletiva. Quanto à população, a educação e a conscientização continuam
sendo a solução. É preciso incentivar, desde as séries iniciais, o uso de
lixeiras coloridas em seus domicílios para a separação do lixo, além de frisar
os danos causados pelo descarte inadequado deste. Somente assim, pode-se mudar
a realidade do lixo no Brasil.
Por: Fabiane, Florencia, Maria Alice, Nathan, Sonja e Victória Barrel